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segunda-feira, 7 de julho de 2014

[XXVIII] Ecos D'Alma


Oh! madrugada de ilusões, santíssima,
Sombra perdida lá do meu Passado,
Vinde entornar a clâmide puríssima
Da luz que fulge no ideal sagrado!

Longe das tristes noites tumulares

Quem me dera viver entre quimeras,
Por entre o resplendor das Primaveras
Oh! madrugada azul dos meus sonhares.

Mas quando vibrar a última balada

Da tarde e se calar a passarada
Na bruma sepulcral que o céu embaça

Quem me dera morrer então risonho

Fitando a nebulosa do meu sonho
E a Via-Látea da Ilusão que passa!


(Augusto dos Anjos)

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