Retorno àquela mesma floresta chamada "eu". Caminho tranquilo por entre as árvores e encontro lugares calmos e sombras frescas. Repouso na maioria das vezes...
O sol continua brilhando forte, mas não seca nenhuma planta, pois todas estão protegidas por um solo úmido e que está próximo do rio com águas claras.
Uma tempestade passa longe da floresta e só se ouve ruídos de trovões bem distantes. De vez em quanto, uma garoa atinge o solo, pedras e plantas. Meus passos são agradáveis e de vez em quanto quase chego a escorregar, porém, consigo me apoiar calmamente em galhos de árvores e arbustos mais firmes. Em meio às gotas da garoa prevalece a calmaria.
O sol se põe, uma brisa leve e suave movimenta algumas folhas, o som é muito agradável. Não ouço mais relâmpagos pois a tempestade se distanciou por completo.
Não há medos, nem preocupações com os possíveis perigos da noite, pois não estou sozinho. A lua ilumina a floresta e as estrelas rasgam o véu da noite. Acendo uma fogueira e armo uma barraca. Com a luz e calor da fogueira, as feras não ousam se aproximar. A vida pulsa dentro do meu peito.
A noite termina e a claridade traz mais alegria... Meus dias são felizes!
As árvores têm mais cores e os pássaros cantam agradavelmente. A textura do solo, pedras e plantas tornam-se atraentes. As águas do rio servem para matar minha sede.
O tempo passa, ora lentamente, ora rapidamente... Tudo está em constante transformação!
O que posso notar nesta floresta é que tudo sempre foi normal e poderia trazer sempre efeitos positivos em minha vida. Em minha primeira visita, meus olhos se fecharam e eu optei por caminhar sozinho, mas agora, tudo se torna claridade, mesmo durante a noite...
Claridade é viver sonhando na realidade e atingindo passos de felicidade!
(Luis Valério Prandel)
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Ler primeiro texto "Floresta 'eu'" (original) em: http://luisprandel.blogspot.com.br/2011/01/floresta-eu.html
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